Sobre Alegrias

Sarau das alegrias!

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Pode parecer fácil falar de alegria, já que é algo que desejamos sempre e que é a base para a felicidade, porém falar de alegria requer muita inspiração e força de espírito.
Esse foi o segundo sarau que participei que teve como tema: Alegria. Essa que vai e vem em nossa vida e que pode ter muitos motivos ou motivo algum.
A cada sarau meu querido e porta voz do sarau realiza dinâmicas diferentes para falar sobre o tema abordado. De início ele recitou dois poemas sobre alegria de autoria de Rubem (um deles, aliás, tinha lido um dia antes, pois fiz uma lição de casa e estudei sobre o tema)

“Antigamente eu pensava que prazer e alegria eram a mesma coisa. Não são. As diferenças. Para haver prazer é preciso primeiro que haja um objeto que dê prazer um caqui, uma taça de vinho, uma pessoa a quem beijar. Mas a fome de prazer logo se satisfaz. Quantos caquis conseguimos comer? Quantas taças de vinho conseguimos beber? Quantos beijos conseguimos suportar? Chega um momento em que se diz: “Não quero mais. Não tenho mais fome de prazer…A fome de alegria é diferente. Primeiro, ela não precisa de um objeto. Por vezes, basta uma memória. Fico alegre só de pensar num momento de felicidade que já passou. E, em segundo lugar, a fome de alegria jamais diz: “Chega de alegria. Não quero mais…”

A fome de alegria é insaciável.” – Rubem Alves

O aprendizado no poema é que descobrimos que alegria é aquela que é insaciável. Surgiram muitas teorias, pensamentos sobre quem viveu suas alegrias e por quê. Depois de refletirmos um pouco, meu querido propôs outro movimento: Um leilão de alegrias. Ele leu frases e a pessoa que se identificasse com ela, levantaria a mão e teria que oferecer algo em troca para conseguir aquela frase. Eu infelizmente perdi minha frase, pois mais duas pessoas se identificaram com ela e no leilão não dei o ‘lance’ maior rs. Ela diz o seguinte:

 “A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.” Madre Teresa de Calcutá.

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Falou coração, falou minha língua, basicamente. A ideia era substituir o sofrimento pela alegria, a vencedora ofereceu a vitória dela sobre a depressão. Danada rs, mas fico feliz por ela. Por fim, meu querido nos presenteou com um brinquedo que Rubem adorava, e que fez ligação com o final de seu poema sobre a alegria, que diz

“A alegria não é um estado constante – bolas de sabão. Ela acontece, subitamente. Vai-se rapidamente, mas sempre pode-se assoprar outras”

Então ganhamos esse brinquedo de fazer bolas de sabão e cada um que ganhava, revelava uma alegria 😀 não falei a minha em voz alta, mas se conseguisse diria: rever os amigos e ganhar abraços. Ah! E ainda teve sopa sim, e com certeza muita alegria renovada.
Espero que todos saibam que alegria não é nenhum prêmio que se aguarda ao fim das lutas, ela é a própria luta, ela é o caminho e os sorrisos por ele. A alegria é muito leve para se colocar em alguma coisa fixa, ela sempre circula para te dar o poder de se alegrar com tudo e todos.

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